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JUSTIÇA 2s1or

TJD multa União Barbarense em R$ 50 mil por ato discriminatório de torcedores na final da A4 6u4p2m

Árbitro relatou na súmula que foi informado sobre gritos de "macacos, viados, bichas" a jogadores do Paulista

Por Gabriel Pitor

16 de maio de 2025, às 07h14

Confusão durante a final do Campeonato Paulista da Série A4 - Foto: Reprodução/TV FPF

O TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) condenou o União Barbarense, nesta quarta-feira (14), ao pagamento de multa de R$ 50 mil por ato discriminatório de torcedores no jogo de volta da final do Campeonato Paulista da Série A4, realizado no último dia 26, no estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães, em Santa Bárbara d’Oeste, contra o Paulista de Jundiaí.

No julgamento, foi levado em consideração o relato do árbitro Juliano José Alves Rodrigues na súmula, que chegou a ser informado sobre supostos gritos de “macacos, viados, bichas” feitos por unionistas a jogadores visitantes.

Ao LIBERAL, o advogado do Leão do 13, Guilherme Alarico, confirmou que irá recorrer da decisão ao Pleno do TJD, disse que está à disposição para esclarecer os fatos e destacou que o clube não compactua com qualquer tipo de difamação ou preconceito, seja racial, religioso, cultural ou xenofóbico.

“A minha intenção não é questioná-los, porque ninguém sabe da dor deles. Mas, como juntamos na nossa defesa, a segurança do União questionou pessoas próximas que disseram que ouviram a palavra ‘palhaço’, e não ‘macaco’. O próprio Daniel, nosso capitão, foi até ali para intervir e é preto”, ponderou Alarico.

“Não há provas de que esse fato tenha acontecido. Há uma denúncia. Lógico, no calor do jogo eles podem ter ouvido alguma coisa diferente, mas o que o clube apurou é que foi dito a palavra ‘palhaço'”, completou.

Súmula e boletim de ocorrência 432n1y

De acordo com a súmula, o árbitro teve de paralisar a partida aos 6 minutos do segundo tempo devido a um tumulto entre unionistas e atletas do Paulista que realizavam aquecimento à beira do gramado. Um preparador físico do time jundiaiense relatou ao juiz xingamentos de “macacos, viados, bichas” vindos da torcida barbarense.

Juliano, no entanto, ressaltou que a equipe de arbitragem não presenciou os fatos e que a PM (Polícia Militar) foi acionada para conter o desentendimento.

Ainda com a PM, o Paulista chegou a registrar um BO (boletim de ocorrência). O LIBERAL teve o ao documento, no qual há relatos de quatro pessoas: o primeiro, de um jogador visitante, disse que recebeu cusparada e que foi xingado de “macaco” por mais de um torcedor.

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O segundo, também jogador do time de Jundiaí, afirmou que foi até o alambrado para pedir para os torcedores pararem com os xingamentos, mas também teria sido chamado de “macaco.”

Já o terceiro, um diretor da partida, contou que foi informado por integrantes da FPF (Federação Paulista de Futebol) que havia ocorrido um ato de racismo por parte de alguns torcedores do União. A mesma informação chegou ao supervisor de futebol do Leão da 13, o quarto a aparecer no BO.

Nas redes sociais, o Paulista repudiou os supostos gritos de “macaco” endereçados aos seus atletas e cobrou providências dos entes responsáveis “para que o ambiente do futebol e da sociedade sejam livres desse crime.”

“Não é concebível, a essa altura, que as pessoas ainda não tenham entendido o crime praticado”, disparou o clube jundiaiense.

Outras punições q5015

Também nesta quarta, o TJD julgou outros sete casos relacionados a essa partida, que consagrou o União como campeão da Série A4 após vitória por 1 a 0.

O Leão da 13 foi multado em R$ 1,2 mil e o Paulista em R$ 2 mil por atraso para entrar em campo antes do pontapé inicial. Segundo o árbitro, houve tumulto entre atletas de ambos os times.

O União ainda foi punido com multas de R$ 5 mil por lançamento de objeto — que teria sido, de acordo com a súmula, um isqueiro —, R$ 1 mil por outro lançamento de objeto e R$ 1 mil por desordem no estádio. Juntando todas as penalizações, a equipe barbarense terá de pagar R$ 58,2 mil.

Porém, Alarico confirmou que também irá recorrer dessas sentenças e atentou para a rigorosidade de algumas decisões por parte da 3ª Câmara do TJD, principalmente sobre lançamento de objetos.

Já o Galo da Japi recebeu multa de R$ 1 mil por atirar objeto ao gramado — também isqueiro, conforme a súmula — e um atleta, Christopher, foi punido com uma partida de suspensão por ter xingado e desrespeitado o árbitro quando foi expulso, aos 3 da etapa final.

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