12 de junho de 2025

Notícias em Americana e região 2et1l

4m1g12

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

4n4r2n

Publicidade

Compartilhe

Quebrando silêncios: A coragem de enfrentar a depressão e a crise climática 1k4u3f

Por Gisela Breno

21 de janeiro de 2025, às 14h09

A atitude do Padre Fábio de Mello ,ao expor publicamente, sua dor ,sendo uma figura pública de destaque, é de imensa humanidade e coragem.

Ao revelar sua luta contra a depressão , ele nos ajuda a desmistificar preconceitos ligados a problemas de saúde mental, mostrando que até mesmo líderes religiosos, considerados exemplos de fé e conexão espiritual, estão sujeitos a condições psicológicas adversas.

Essa revelação contradiz a ideia equivocada de que a depressão é fruto de “falta de Deus” ou “falta de vontade”, evidenciando ,que se trata de uma questão de saúde que exige compreensão, acolhimento e intervenção profissional.

De maneira semelhante, os eventos climáticos extremos muitas vezes enfrentam resistência, seja em forma de negação ou minimização. Mesmo com evidências científicas apontando para a relação entre ações humanas e as mudanças climáticas, há quem prefira atribuir esses eventos a ciclos naturais, vontade divina ou até mesmo a alarmismo. Esse pensamento é paralelo à dificuldade de reconhecer a depressão como uma doença real e complexa, pois ambos os casos requerem aceitar algo que contraria visões simplistas ou dogmáticas.

Assim como lidar com a depressão exige uma abordagem baseada na ciência e na empatia, enfrentar os desafios climáticos demanda itir o problema, investir em conhecimento técnico e assumir responsabilidades práticas.

No entanto, enquanto houver resistência em encarar ambas as questões com seriedade, seja por razões culturais, ideológicas ou religiosas, tanto o sofrimento humano, quanto os danos ao planeta continuarão a se intensificar.

Gisela Breno

Professora, Gisela Breno é graduada em Biologia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e fez mestrado em Educação no Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo). A professora lecionou por pelo menos 30 anos.