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Em 1938, Aimée, a paixão de Getúlio Vargas, viaja a Paris n2m66

A Segunda Guerra Mundial ainda parecia distante e, como se todos os milionários e aristocratas do planeta estivessem na cidade, eventos não faltavam

Por Oswaldo Nogueira

08 de dezembro de 2024, às 09h18

Recentemente, foram divulgados os diários do ex-presidente Getúlio Vargas, organizados por sua neta, Celina Vargas. Dando continuidade ao curioso e rumoroso caso extraconjugal relatado, Aimée, a paixão de Getúlio Vargas, após um ano de relacionamento com seu amado, 30 anos mais velho que ela, e que surpreendeu o café society carioca, em 1938, viajou para Paris com sua inseparável irmã caçula, Vera.

Getúlio, tentando aliviar as saudades, telefonava com frequência. Nos primeiros meses, enviou um soldo para ajudar as irmãs a se estabelecerem no exterior. “Se os enviou, para mim nunca chegaram”, afirmou Aimée.

A Cidade Luz estava mais encantadora do que nunca. A Segunda Guerra Mundial ainda parecia distante e, como se todos os milionários e aristocratas do planeta estivessem na cidade, eventos não faltavam. As irmãs, devido a sua beleza e elegância, foram rapidamente aceitas pela alta sociedade parisiense.

Fluente em francês, Aimée, que se destacava pela simpatia e inteligência, logo fez parte do círculo de Coco Chanel. Junto com sua irmã, foi procurada por um jovem costureiro espanhol, recém-chegado a Paris, que pediu para que usassem seus vestidos para promover seu pequeno ateliê. Esse jovem era Cristóbal Balenciaga.

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Em julho de 1939, a dona do Villa Trianon, vizinha ao Palácio de Versalhes, abriu suas portas para uma festa de gala com 700 convidados. A extravagante anfitriã de Paris, Lady Mendel, recebeu celebridades, princesas, diplomatas e figuras de Hollywood, além de Aimée Lopes, que ainda usava o sobrenome do ex-marido. Christian Dior pediu que Aimée usasse um vestido criado especialmente para o evento. Foi um sucesso, e ele se tornou o grande nome da alta costura sa.

Na comemoração, enquanto garrafas de champagne eram servidas em baldes de prata, Aimée preferia não beber, dizendo: “Álcool e cigarro estragam a pele”. Vera conheceu o Barão Dunsany, de linhagem irlandesa, com quem se casou e foi morar no castelo da família, próximo a Dublin.

Aimée foi cortejada pelo Duque de Westminster, o homem mais rico da Inglaterra e ex-amante de Coco Chanel, que a presenteou com um broche da coleção da Imperatriz Eugénia, esposa de Napoleão. Mais tarde, um repórter da Vogue perguntou sobre o presente, e Aimée respondeu com leveza: “Você sabe que o Duque é como uma criança, adora fazer os amigos felizes.”

Em setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia, e a Segunda Guerra Mundial teve início. Meses depois, os tanques nazistas chegaram a Paris. A alta sociedade se dispersou, e Paris ficou deserta. Milionários partiram em seus carrões rumo a Portugal, país neutro, para embarcar em um voo de 26 horas até Nova York. Aimée, Vera e seu filho estavam em um desses voos.

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Oswaldo Nogueira

Empresário e ex-vereador de Americana, escreve sobre temas do cotidiano com o objetivo de ser uma fonte de provocação e reflexão para os leitores; coluna quinzenal