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Aimée, a paixão de Getúlio Vargas 3jv2o

O romance não permaneceu em segredo por muito tempo e logo todos souberam

Por Oswaldo Nogueira

24 de novembro de 2024, às 08h55

Recentemente, foram divulgados os diários do ex-presidente Getúlio Vargas, organizados por sua neta, Celina Vargas. Os documentos revelam o avassalador romance que ele manteve com Aimée de Sá, identificada por ele com o codinome “a bem-amada”. Aimée era casada com Simões Lopes, funcionário público que trabalhava no Palácio do Catete, sede do governo federal no Rio de Janeiro, então com um milhão de habitantes.

Aimée e sua irmã Vera eram descritas por amigos como “lindíssimas, com um sorriso largo e franco, olhos verdes, corpo harmônico e porte altivo e atrevido”. Segundo a socialite Lily de Carvalho Marinho, “eram muito finas e educadas”.

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Simões Lopes fazia parte de uma nova geração de políticos, oriundo de uma família tradicional de Pelotas, amiga de Getúlio. Seu pai, Ildefonso, foi nomeado presidente do Banco do Brasil após a Revolução de 1930. Simões conheceu Aimée, quatro anos mais nova, em um baile, e logo ficou impressionado com sua beleza. Casaram-se em poucos meses e viajaram para Paris, onde aram a lua de mel em Versalhes.

Logo, o casamento começou a enfrentar crises constantes devido ao ciúme de Simões. Em uma ocasião, Aimée e Vera aram o dia se arrumando para uma festa no Cassino da Urca. Quando Simões chegou do trabalho, proibiu a esposa de acompanhar a irmã ao baile, gerando uma crise no relacionamento. Vera aconselhou a irmã a não recuar e a se separar, mas Aimée não seguiu o conselho.

A presença de Aimée no Palácio do Catete chamou a atenção de Getúlio, que ou a convidar o casal para fins de semana em Petrópolis, onde ficavam hospedados no Palácio Rio Negro, com vários quartos reservados para convidados.

A convivência constante no palácio gerou um clima mais íntimo. Aimée desenvolveu uma boa relação com a primeira-dama Darci Vargas, treze anos mais velha que ela.

Na Páscoa de 1935, Getúlio registrou em seu diário pela primeira vez o nome de Aimée: “Fizemos um longo eio a cavalo, regressando à tarde”. O presidente, então com 53 anos, começou a se preocupar mais com a saúde, voltando a nadar e encomendando ternos com o alfaiate italiano José de Cicco.

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A família estranhou essa mudança de comportamento. O caso durou mais de um ano, e trinta e oito encontros íntimos foram registrados com a “bem-amada”. Em 29 de abril de 1937, Getúlio escreveu: “Saí à tardinha para um encontro longamente desejado, como banhado por um raio de sol, despertando energias novas”.

O romance não permaneceu em segredo por muito tempo e logo todos souberam. Darci Vargas perdoou o marido, que governou até 1945. Simões Lopes manteve sua amizade com Getúlio e, em 1944, fundou a Fundação Getúlio Vargas. Aimée e Vera foram morar em Paris.

*Baseado no livro de Delmo Moreira 

Oswaldo Nogueira

Empresário e ex-vereador de Americana, escreve sobre temas do cotidiano com o objetivo de ser uma fonte de provocação e reflexão para os leitores; coluna quinzenal