O valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de Americana será reajustado em 20,5% para 2026. A câmara aprovou nesta terça-feira (10), em definitivo após segunda discussão, o projeto de lei que prevê o aumento nos valores venais por m² dos terrenos e das construções, que servem de base para o cálculo do imposto.

A propositura recebeu votos favoráveis de 14 vereadores, enquanto Gualter Amado (PDT), Professora Juliana (PT), Thiago Brochi (PL) e Jean Mizzoni (Agir) foram contrários. O presidente da Casa, Léo da Padaria (PL), não vota.

De acordo com a prefeitura, autora do texto, o percentual considera 15% de aumento real mais 5,5% de reajuste inflacionário, conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Esse será o maior reajuste aplicado no imposto desde 2010, quando houve acréscimo de 38,2%.

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Com o índice, a istração estima que irá receber R$ 32 milhões a mais de IPTU em relação aos cerca de R$ 160 milhões atualmente arrecadados.

Vereadores da base mudam voto 592p44

Assim como na semana ada, a propositura foi aprovada com vantagem confortável para os votos favoráveis em relação aos contrários. No entanto, os recuos dos vereadores Jean Mizzoni e Thiago Brochi, ambos importantes membros da base do governo Chico Sardelli (PL), chamaram a atenção.

Ao LIBERAL, Mizzoni destacou que vem da região do Parque Novo Mundo, Parque Universitário e Nielsen Ville, onde foi presidente de uma associação de moradores, e que a população desses bairros seria impactada com aumento de 20,5%.

“A gente tentou fazer com que esse reajuste fosse escalonado. A gente entende que é necessário, a cidade precisa desse reajuste, não é uma proposta que tiraram da cabeça. Porém, ele poderia ser escalonado para impactar menos essa população. A gente tentou e o nosso voto contrário foi nessa direção”, ponderou.

“Ouvimos a população dessa região e de outras áreas de Americana, sentamos, conversamos, debatemos, escutamos os pontos de vista deles, trouxeram dados para a gente e em cima disso pautamos nossa decisão. Não foi simplesmente uma decisão por pressão, foi algo com clareza e convicção”, completou Mizzoni, que ainda afirmou que acredita que não terá problemas com o governo.

Já Brochi contou que analisou a movimentação da cidade em torno do assunto, além de ter conversado com família, amigos e eleitores. Ele também lembrou de aumentos de taxa realizados pelo governo federal.

“Você vê, a nível federal, taxa sobre taxa e sempre fica nessa. Quando veio essa situação para Americana, o povo não está aguentando mais. O Chico tem feito muito pela cidade, mas as pessoas se perguntam: mais uma [taxa]? Família, amigos e eleitores pediram para que eu repensasse o voto, disseram que confiaram no meu trabalho”, justificou.

A reportagem apurou na semana ada que Brochi foi o único parlamentar considerado da base a não participar de uma reunião com o prefeito sobre o projeto de reajuste do IPTU.

Como cada um votou no projeto de reajuste de 20,5% do IPTU 5b1f1e

Votaram a favor

• Dr. Wagner Rovina (PL)
• Fernando da Farmácia (PSD)
• Gutão do Lanche (Agir)
• Jacira Chávare (Republicanos)
• Leco Soares (Podemos)
• Leonora Périco (PL)
• Levi Rossi (PRD)
• Lucas Leoncine (PSD)
• Marcos Caetano (PL)
• Pastor Miguel Pires (PRD)
• Juninho Dias (PSD)
• Renan de Angelo (Podemos)
• Roberta Lima (PRD)
• Talitha de Nadai (PDT)

Votaram contra

• Gualter Amado (PDT)
• Professora Juliana (PT)
• Jean Mizzoni (Agir)
• Thiago Brochi (PL)

Não vota

• Léo da Padaria (PL)

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