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COP30 quer avançar em acordo para fim do desmatamento, diz secretário do Meio Ambiente 1h482i

Por GABRIEL GAMA / Folhapress

12 de junho de 2025, às 18h37

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O avanço em ações para o fim do desmatamento em todo o planeta será um dos objetivos da COP30, conferência do clima das Nações Unidas marcada para novembro em Belém. A afirmação é de João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Segundo o secretário, o Brasil pretende estimular os países a ir além da definição da COP28, realizada em 2023 em Dubai (Emirados Árabes), quando as nações concordaram em trabalhar para reduzir a destruição de florestas no mundo.

“Em Dubai, isso ficou colocado como um processo a ser incorporado na Convenção do Clima. Agora, precisamos construir os mecanismos que levem a esse objetivo”, disse Capobianco à reportagem nesta quinta-feira (12), após um evento no Instituto de Relações Internacionais da USP (Universidade de São Paulo).

O secretário explica que a meta envolverá tanto o desmate legal quanto o ilegal. “O fim do desmatamento é essencial para o equilíbrio climático, a proteção da biodiversidade, a manutenção dos recursos hídricos e para um conjunto de comunidades e povos que vivem e dependem da relação com a floresta”, diz.

A inauguração do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, conhecido como TFFF (na sigla em inglês), também está programada para ocorrer durante a conferência, segundo o secretário.

Luciana Gatti, pesquisadora do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e autora de estudos referenciais sobre a devastação da amazônia, afirma que zerar o desmatamento não será o bastante para conter as mudanças climáticas.

“Se a gente chegar ao desmatamento zero hoje, não será suficiente. Estamos vendo uma realidade de clima extremamente estressante para as florestas. Parar de piorar a situação não vai fazer melhorar”, disse durante o evento na USP.

De acordo com a cientista, a recomposição das matas seria mais eficaz. “Precisamos de uma política para restaurar uma parte das florestas. Aumentando a quantidade de vegetação, a gente desacelera os eventos extremos”, afirma.

O Brasil tem o objetivo de recuperar de 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030, segundo a meta definida pelo país no âmbito da Convenção do Clima da ONU. Dados do Observatório da Restauração e Reflorestamento apontam que apenas 153 mil hectares foram restaurados no território nacional até o momento -cerca de 1,3% do prometido.

O governo federal lançou o Planaveg (Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa) em dezembro de 2024 para aumentar o reflorestamento. O plano vale para o período de 2025 a 2028.

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